quarta-feira, 21 de março de 2012

Era uma vez...


...uma menina. Tinha cabelos loiros, cachos em cascata sobre os ombros, olhos azuis, daqueles que são profundos, com aquela avidez de conhecimento no olhar, característica de qualquer criança que está prestes a festejar 7 primaveras. Ela pediu muito à mãe. E a mãe disse-lhe que sim. E então ela ficou feliz, muito feliz. Tão feliz, pelo simples facto da mãe lhe ter demonstrado a sua confiança, que acabou por se esquecer do motivo de tanta felicidade. Até que um dia, quando já faltavam poucos meses, a mãe lhe perguntou se já tinha feito a sua escolha. A menina lembrou-se. Entrou em pânico por dentro, mas com a maior calma do Mundo, respondeu à mãe que estava indecisa entre dois, e que no dia seguinte lhe daria a resposta. No dia seguinte, a menina foi brincar com a sua amiga Tânia. E entre risos, correrias, joelhos esmurrados e brincadeiras, fez-se luz. Quando voltou a casa, estava felicíssima. Já tinha escolhido. Apressou-se a ir ter com a mãe, e disse-lhe que a mana se chamaria Tânia. Ao que a mãe respondeu como sinal da sua aprovação com um sorriso. Então a mãe pergunta à menina qual o segundo nome que havia escolhido para a mana. O coração quase que parou. Quanto mais depressa tentava refletir, mais vazia ficava a cabeça da menina. Mas não deu o braço a torcer. Nunca dava. E após esboçar um sorriso, responde à mãe: 'O segundo nome vai ser Cristina, como o meu'. A ideia de ter criado uma espécie de 'Dinastia' através da tradição da transmissão de um nome de uma geração para a outra (sim com aquela idade, irmãs, eram de gerações diferentes na cabeça da menina) fez com que se sentisse ainda mais feliz. Ia ter uma mana, e ela é que lhe tinha escolhido o nome. Ainda que nessa altura não o soubesse, iria nascer uma relação forte, das mais fortes que existem, iria fazer tudo para a proteger. Para sempre.

A parte gira da história é que quatro anos mais tarde viria a nascer, a 3ª Cristina da 'Dinastia'.
Lado positivo: se algum dia tivéssemos lançado uma banda, o nome não seria problema: 'The Cristinas' :D

2 comentários:

  1. A minha avó materna chamava-se Cristina. Era professora e nunca cheguei a conhecê-la. Mas consta-me que nunca teve uma banda e nem nunca pensou em tê-la. Como vês, é de família :)

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    1. Sim V, estou a ver que vou ter de desistir disso de ter uma banda. Se calhar é melhor mesmo lançar-me a solo :). Mas sabes, gosto do meu nome. Obrigada à minha mamã!

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