sexta-feira, 11 de abril de 2014

Irmãs

Parece que ontem foi dia dos irmãos.
Não podia deixar passar esta ocasião em branco.
Decorria o verão de 1991 e avisaram-me que iam buscar a minha mãe ao hospital.
Voltaram com uma bebé. Achei-a muito pequenina, e não muito bonita. Mas era a minha mana. Agora, eu era a irmã mais velha. Eu é que tinha escolhido o nome dela. E para o resto da vida, ia ter um ser que ia precisar de mim. Quando a minha mãe anunciou que estava grávida, eu queria muito um irmão. Pensava que a minha irmã ia gostar muito de mim, pelo menos tanto quanto eu já gostava dela. Mas ela não era muito do género a demonstrar os sentimentos e teve tendência a infernizar a minha vida desde cedo. Portanto, quando a minha mãe anunciou mais uma gravidez, anos mais tarde, chorei. Chorei muito, porque tinha medo que viesse outra irmã que não gostasse de mim e me fizesse a vida negra. E no verão de 1995, chegou mais uma mana. Achei que era maior que a anterior, mas tal como a precedente não era lá muito bonita. Mas acabou por se revelar totalmente diferente da anterior. Mais meiga, calma, e com uma tendência a adormecer em todo o lado e a qualquer hora.
Ao longo dos anos foram mais os momentos de discussão do que os momentos de cumplicidade. A enorme diferença de idades pode ter sido a culpada, mas o que posso dizer é que amo as minhas irmãs, dava o que fosse preciso para as ver felizes. E quando alguém magoa alguma delas, eu sofro. Dói mais do que se me fizessem mal a mim directamente. Apesar de eu ser a mais velha, as minhas irmãs ensinaram-me muitas coisas ao longo de todos estes anos. Eu não seria quem sou sem elas, e agora que estamos separadas por mais de 1000 km e um país pelo meio, sinto um vazio. Um vazio que só se preenche quando estamos todas juntas outra vez. As minhas irmãs, são parte de mim. Juntas, somos um furacão, imparáveis, fortes e unidas.

Uma irmã é a tua amiga para toda a vida. E melhor do que ter uma irmã, só mesmo ter duas!


I love you girls

4 comentários:

  1. Eu tive mais 7 irmãos, todos mais velho (alguns muito mais velhos), mas só uma é que é filha da mesma mãe. O meu enviuvou duas vezes e tinha 3 filhos de cada uma.
    Apesar disso, fui criado a maior parte do tempo sozinho e quando estava acompanhado era para andar à cacetada com a minha irmã. Só consegui criar laços mais fortes com uma meia irmã. Talvez porque me habituei a vê-la sempre debilitada pela doença cardíaca que acabou por levá-la nova, o certo é que nos demos sempre bem, mesmo depois de adultos.
    Por isso admiro sempre estas relações fraternas que eu não tive.

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    1. Eu tenho uma meia-irmã mais velha. Mas nunca morou connosco, e isso torna as relações mais complicadas!

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