segunda-feira, 31 de março de 2014

Os heróis da minha infância

Numa manhã de sábado, era hábito ela acordar muito cedo para um encontro pelo qual ansiara toda a semana.
Queria muito ver o amigo verde a tentar integrar-se num ambiente totalmente diferente do seu; a sua amiga rosa, que conseguia sempre escapar das mãos do vilão; o seu amigo que vivia sempre triste, porque nunca conseguia 'pregar uma partida' ao animal mais rápido do deserto; e ainda ver o seu amigo preferido, que andava sempre rodeado dos três acólitas mais leais da história, entre muitos, muitos outros, que tornavam o início de fim de semana numa verdadeira alegria.
O final de Domingo também era um momento muito alegre pois era hora do reencontro com um amigo especial. Nunca antes tinha ela conhecido alguém com uma capacidade de raciocínio tão rápida, e com um conhecimento tão abrangente do ambiente que o rodeia, que era capaz de se safar de situações complicadas. Ele era um mágico, um mágico diferente, mas aos olhos daquela menina, do alto do seu palmo e meio e dos seus 6 anos de vida, era magia.
Mas mais importante do que tudo isto, era ela. A mulher que foi mãe quando outras ainda brincavam ao 'faz de conta', sonhavam com o seu príncipe encantado ou faziam planos de uma futura carreira através de estudos superiores. Aquela que a levava para o hospital às duas da manhã porque ela até a dormir gemia com as dores de barriga, que nunca se esquecia de lhe dar um beijinho de boa noite, que arranjava sempre tempo para brincar com ela, que trabalhava, muitas vezes de sol a sol, para que não lhe faltasse nada. Nunca.
Obrigada Mãe por seres a heroína da minha infância, e uma das pessoas mais importantes da minha Vida!                                                                              

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